quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Visitas :)






Fizeram-me feliz :)

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Retribuir.

Hoje, dou mais valor às breves imagens que me compõem sem sequer ter dado por isso. Não me perco nelas, contudo, sei a quando pertencem, sei o espaço que ocupam e, acima de tudo, sei o que fez de mim mais feliz.
Não é Lisboa que amo realmente, senão as suas histórias que não conheço e que ainda não me pertencem. Ainda. Porque é meu desejo poder enfim embarcar numa nova viagem, menos espectacular, é certo (e nem entendo muito bem por que não), mas infinitamente mais importante.
Reconhecer cheiros, vozes, moradas e abraços faz-nos sentir bem. A familiaridade é absolutamente deliciosa e não invejo aqueles que se desgastam a querer sentir toques de adrenalina em imagens que logo esquecem, só para poderem, à noite, pensar que fizeram algo de diferente.
Aquilo que realmente importa está nos pormenores. Está na dedicação de outros a nós e na possibilidade de nos desligarmos de um egoísmo necessário mas não egocêntrico, em podermos tomar outros como modelos sem termos medo, sem pensarmos que não seremos fruto de nós mesmos.
O cansaço nunca será desculpa para nos pormos em primeiro lugar e as experiências frescas nunca nos servirão para esquecer. Não verdadeiramente, não se realmente interessar. E muito pelo contrário.
Quero quebrar as ilusões das festas permanentes e, por uma vez, frisar aquilo que estar sozinho implica: ser capaz de dar ao outro em distância. Mais do que ser capaz de nos mostrar a esse novo que está perto. E é possível, nunca finjam que não é.
Sei de quem sabe amar mais do que alguma vez senti agora que estou longe. Que me toma em braços e me sabe garantir que está sempre tudo bem e que sempre terei um lugar, um espaço para onde voltar. Não há amor melhor do que esse. E por isso é tão bom, sem margem para arrependimentos, saber, finalmente, retribuir.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Quina.

Gosto de Barcelona.
No início questionei-a, zanguei-me, perdi-me. Quis alhear-me dela, deixar de lhe estar associada, fugir.
Agora, começo a confiar. A entender cada rua, a apreciar cada jardim secreto, cada exposição espontânea, cada pedaço de música que se perde no Gótico, na Rambla, em Barceloneta. Aprecio as casas, as varandas com portadas, a cultura, o sol, as avenidas largas que nos levam a caminhar sabendo que, no final, sempre encontraremos algo que nos agrade.
É romântica e descontraída. Não lhe importam as motoretas e as bicicletas, os turistas, os emigrantes. É atraente. E recebe-nos sempre bem.

Ter visitas ajuda-nos a compreender que estamos bem acompanhados. Que encontrámos uma forma de estar num novo sítio que nos adoptará pelo tempo que precisarmos. Que nos dará um pouco do seu dia-a-dia, com o seu catalão e os seus metros ao contrário, com as vistas das colinas que o cercam e o mar que o emoldura.

(...)

A minha Quina chegou e levei-a a passear. Andámos muito; queria mostrar-lhe tudo!
Cuscámos a Pedrera, espreitámos a Batló e a Sagrada Família, percorremos o Parc Guëll - com direito a uns beijinhos ao Lagarto -, conhecemos a casa-museu de Gaudí, subimos até Tibidabo (maldita falta de multibancos que nos impediu de ir até ao cume!), descemos até à praia de Barceloneta, 'funiculámos' até Montjuic, tirámos fotos à cidade e ainda tivemos tempo para uma exposição no Caixa Forum.
De tão cansada que estou, espero que agora a viagem de autocarro esteja a correr descansadamente e que estejas a dormir, meu amor :)
Gostei de te ter cá, gostei realmente. Foste a primeira a conhecer a minha casa nova, a dormir na minha cama fofinha e a obrigar-me a saber o quanto gosto de aqui estar. Tenho saudades, tenho sempre saudades tuas!
És a minha amiga :)

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Festa Major da UAB.

A verdade é que não entendi que propósito tinha a Festa Major da UAB. Começava ao meio-dia e eu aproveitei para só chegar as 16h. A Carolina fazia anos e preferimos ir almoçar a um restaurantezinho chamado “Hello Sushi” no Ravall, dados os seus desejos de grávida (obviamente que me escusei a comer o dito peixe cru, blerrc.).
Essencialmente, compreendi que era uma óptima desculpa para não ter aulas e para se começar a beber as 11h da manhã! Milhões de freaks com os piercings mais estranhos nos sítios mais estranhos apareceram na UAB com os seus bolos de erva para vender e, como não podia deixar de ser, os seus cães vadios que, invariavelmente, são sempre dos mais queridos que já vi. O comboio cheirava a álcool, o próprio campus era uma bolha de vapor etílico e gente como nunca lá vi!
Mas as pessoas estavam contentes e eu estava contente por poder presenciar tudo aquilo. Concertos, umas quantas barraquinhas, umas quantas relações homossexuais (acho que nunca me vou habituar), umas quantas pessoas-evidentemente-não-estudantes. Pelo caminho, encontrámos um grupo de rapazes portugueses, conversei um bocado e depois fomos – eu e as meninas do costume - embora que a aniversariante queria ir provar a Champagneria.
Chegamos à Champagneria e aquilo era só (mais) gente! Imensas pessoas amontoavam-se desde a porta, munidas com as suas tacinhas com um vinho rosado ou branco. Nós escolhemos rosado para acompanhar os nossos entrepans. E estivemos bem, lá a um cantinho, no meio da multidão, que aqui os espanhóis não acham graça a essa coisa de se beber na rua! Brindámos à Carolina e aos seus 20anos («Parabiénes! Parabiénes!») e uma amena cavaqueira surgiu já não sei porquê com um grupo de rapazes suecos, franceses, belgas e russos que me ensinaram a dizer qualquer coisa que eu já não me lembro o que era. Eu, traduzia-lhes as coisas quando os senhores espanhóis os mandavam falar mais baixo (ao que parece, não há problema nenhum em virmos estudar para um país cuja língua é para nós uma perfeita incógnita), eles, puseram à nossa disposição o seu cava. E eu consegui falar inglês como antigamente!
Já um bocadinho risonhas – menos a Pinipon, que não bebe e tinha aulas no dia seguinte –, decidi que podíamos ir ter com os portugueses que conhecêramos na festa. Lá fomos, até ao Ravall (desde quando é que paro tantas vezes na Cova da Moura cá do sítio?), a um barzinho. A meia-noite chegou, a Carolina deixou de fazer anos; mas penso que tentámos fazer tudo para que se sentisse bem. A Ângela até lhe fez um bolo no nosso microondas, mas ele não quis colaborar!
E tudo depois de o dia ter começado um pouco mais cinzento para mim. Agora estou melhor, estou quase contente! Pude ir dormir descansada. Hoje chega a minha Quina :)

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Curiosidades (III)

16º- Quando se entra no autocarro, o senhor motorista cumprimenta-nos com um 'Hola' (mesmo que sejam 8h da manhã)
17º- Sempre vou fazer uma simulação de programa em directo! (o meu entusiasmo é fascinante)
18º- O professor de Direcção diz que tenho um projecto muito ambicioso (para o bom)
19º- Já me inscrevi no ginásio! (YEAH)
20º- Cá em casa temos uma WC que fica na varanda
21º- A minha máquina de lavar roupa tem personalidade; assusta-me e deixo-a a lavar sozinha, para não incomodar
22º- Barcelona foi invadida por 20mil escoceses bêbados desde as 16h de ontem
23º- O espanhol mais giro e interessante que aqui vi é Mosso d'Esquadra no Ravall, que é só o sítio mais chunga daqui. O que quer dizer que ele também é muito corajoso!
24º- Amanhã é a Festa Major da UAB e não tenho aulas (e desta vez não serei boneca!) - depois explico melhor o que é!
25º- Visitas:
- 22/11 a 26/11: Kiki
- 24/11 a 28/11: Mariana Baptista
- 30/11 a 2/12: Família
- 5/12 a 9/12: não sei, alguém que se ofereça senão vou passear!
- 13/12 a 15/12: Marta
26º- Dia 14 - meu País à beira-mar plantado, aí vou eu :)

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Madrid.

Este fim-de-semana fui a Madrid. É cosmopolita, trabalhadora, apressada, preocupada com o passado mas virada para o futuro. Sentimo-nos bem recebidos, bem dirigidos. É, de facto, a capital.
Os símbolos vivem nos museus, escondidos da confusão, abertos aos curiosos de cultura. O urso e o medronheiro lá continuam na Puerta del Sol, fazendo convergir as gentes, embora sem explicação aparente.
Eu, eu visitei a cidade com o meu Miguel e a minha Quina que quiseram mostrar-me a sua «cidade emprestada», quiseram integrar-me na vida que souberam já construir. E então, levaram-me a(o):
- Plaza Mayor - com muita gente e parece-me que a preparar-se para as decorações de Natal.










- Gran Vía - representa Madrid, pelo menos na minha cabeça. Aqui sim, vi a Gran Manzana de que o Miguel falava! Desde a Calle de Alcalá até à Plaça de España (onde ficava o piso dos miúdos. Aproveito para dizer que vivem numa casa grande, têm um frigorífico cheio e as luzes sempre acesas!)
- Palácio Real de Madrid - eu queria ver... Mas acabámos só por passear nos jardins ali ao pé.










- El Escorial - um palácio/museu longe da cidade, numa vila do género de Sintra, bastante agradável.










- Museu Nacional Reina Sofía - no meio dos Mirós, Picassos e outros que tais que se esforçam por nos fazer sentir algo (nem sempre com sucesso); a Paula Rego também lá dava um ar de sua graça, mas é demasiado perturbador tudo o que ela pinta para que possa falar com orgulho, mesmo que lhe dê todo o mérito no traço.
(Nota: não fui ao Prado nem ao Thissen porque ver demasiada pintura faz-me sono!)

- Rastro - mostraram-me o mercado (mas eu abstive-me de comprar o que quer que fosse; tenho realmente de aprender a consumir.) e não fomos roubados!

- Atocha Estación - pensava eu que aí haveria o memorial aos madrileños que morreram no atentado de 11/Março; mas não. Contudo, a estação era, ainda assim, bonita.



- Parc del Buen Retiro - sei agora porque falam tanto nele; um pulmão no meio de uma cidade feita de carros e atropelos, com um laguinho com barcos, com muita relva e árvores. O Outono chegou já com vontade de mostrar o bonito que sabe ser. E deixámo-nos ficar por ali um bocadinho, a apanhar solito na cara, depois de visitarmos o Palácio de Cristal.



No entanto, é preciso que diga: não fui pelo turismo ou pela possibilidade. Fui pelos meus queridos, por estas duas pessoas tão importantes e que me fazem tanta falta. Já tenho saudades :') Beijinho tão tão grande! Obrigada*

PS- Quini: cá te espero ansiosamente!:)